A importância da escolha da solução de revestimento das fachadas exteriores

Nos dias de hoje existe cada vez mais uma preocupação com a eficiência energética dos nossos edifícios recorrendo-se frequentemente à solução do tipo “ETICS” para isolar os edifícios existentes e novos, existindo inclusivamente linhas de apoio comunitárias para esse tipo de intervenção que visa um aumento de eficiência energética dos edifícios.
Mas “nem tudo são rosas…”
O Regulamento Técnico de Segurança Contra Incêndios define “reação ao fogo” como “resposta de um produto ao contribuir pela sua própria decomposição para o início e desenvolvimento de um incêndio, avaliada com base num conjunto de ensaios normalizados.”. Esta definição ativa o alerta de conjugar duas propriedades destes materiais: isolamento térmico e a sua reação ao fogo.
Ainda recordamos o incêndio da torre Grenfell em Londres. A reabilitação deste edifício tinha como principal pressuposto a requalificação e valorização estética das suas fachadas. No entanto, o material selecionado não se revelou adequado, sobretudo na sua capacidade de resistência ao fogo. Muitos especialistas questionaram o revestimento do edifício, colocado em 2015, pois na sua composição tinha uma elevada percentagem de polietileno, o que, em parte, poderá explicar a rapidez com que se propagou o fogo.
A escolha de um isolamento térmico com aplicação pelo exterior numa fachada, ventilada ou não, deve ser rigorosamente ponderada. Os técnicos não devem apenas ter em conta o fator “térmico”, mas também, a reação ao fogo desse isolamento e consequentemente do “conjunto: isolamento + revestimento, bem como o método de aplicação selecionado.
Os diferentes “atores” da construção (Projetistas, Diretores de obra, Diretores de Fiscalização etc) têm a competência técnica para apoiar o promotor na seleção de materiais que consigam simultaneamente cumprir exigências térmicas e exigências funcionais no comportamento ao fogo.
Em prédios com mais de um piso em elevação de média altura (no mínimo com três pisos), a reação ao fogo de um sistema completo tipo “ETICS” deve ser, no mínimo, da classe de reação ao fogo B-s3 d0, e o isolante térmico deve apresentar uma classe de reação ao fogo mínima, E-d2 em edifícios de grande altura (superior a 28m). A reação ao fogo de um sistema completo tipo “ETICS” deve ser no mínimo da classe de reação ao fogo B-s2 d0, e o isolante térmico deve apresentar uma classe de reação ao fogo mínima, Bs2d0.
Conte com os técnicos da CURBI para apoiar na seleção do revestimento adequado para o seu prédio.

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